domingo, 14 de junho de 2009

Jig Head Worm

Jig Head Worm
Bom pessoal, vou procurar falar um pouco da minha visão sobre esta técnica que é muito eficiente quando o peixe está inativo, ou quando está no fundo, podendo ser usada até mesmo quando o peixe esta suspenso na meia água.
Uma visão geral dos modelos e pesos
No mercado existem inúmeros formatos, pesos, e tamanho do anzol do jig. Dentre eles, o mais comum é o arredondado.
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Quanto ao peso do jig, podemos dizer que os mais usados variam entre as medidas menores de que 1gr até as 7gr. Por se encontrar em diversas medidas, a escolha correta irá depender de um detalhe muito importante nesta técnica, que muitas vezes passa desapercebida até mesmo de pescadores experientes. Se trata da velocidade da caída da isca. Detalhe este que veremos com mais ênfase no tópico sobre a forma de trabalho e apresentação do jig.
O tamanho do anzol também é uma variável grande, a escolha irá depender mais do tamanho da isca do que o próprio peso do jig. Minhocas maiores, tipo 6”, já se aconselha anzol de haste 3/0 ou 4/0, nada impede que se use uma de tamanho menor. Quando se usa os shad articulados de 3” por exemplo, a haste até pode ser um pouco maior do que a normalmente utilizada. Uma vez que o anzol ficará mais exposto e aumentará as chances de não se perder o peixe na hora da ferrada.
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Já a escolha do modelo e formato irá depender do que o peixe esta preferindo, do tipo de estrutura em que se está pescando, algumas vezes da isca, da forma desejada de iscar o silicone, e também porque não dizer da intuição do pescador que muitas vezes dá resultado.
Alguns jigs, da para se dizer que é mais específico para um determinado modelo de isca ou pelo menos mais eficiente, como no caso do jig número 4 da foto acima.
Este formato mais longilíneo do chumbo é muito eficiente quando se esta usando os Tubs. Ele se acopla melhor no silicone, com isso sua apresentação e seu trabalho ficará bem melhor do que se utilizando algum outro desta lista.
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Já os modelos de número 5 a 9, são mais recomendados quando estamos pescando em um local com muita tranqueira no fundo, como árvores e galhadas afundadas, pedras e muitos outros tipos de estruturas submersas.
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Isto devido ao sistema weedless rigging, no qual a ponta do anzol não ficará exposta como no caso dos jigs 5 a 7. Enquanto que nos jigs 8 e 9 podemos deixar o anzol exposto que o sistema ante enrosco compensará esta diferença.
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Os modelos de jig de números 10 a 12 da foto inicial, eu particularmente prefiro usar quando o peixe está suspenso na meia água. Isto devido ao sistema de hélice ou pá (blade) acoplado ao jig. Dá uma maior vibração na água forçando o manhoso bass a vir conferir a provável presa do dia. Normalmente ele não resiste e ataca sem medo.

Formas de trabalho e apresentação do jig
Dependo do trabalho empregado no jig , há um melhor posicionamento da vara em relação ao pescador.
Em se tratando de toques pausados no fundo a melhor forma indicada é com a vara inicialmente as 9hs e erguendo-a até as 11hs, como mostra a figura abaixo na situação 1. Com toques mais firmes e altos, a vara deve partir das 8hs, veja a situação 2.
Ao se trabalhar a isca rente ao fundo ou na meia água com toques consecutivos e secos, a vara deve ser mantida na posição das 9hs as 10hs, como mostra a figura abaixo na situação 3.
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Situação 1
Como foi dito anteriormente, muitos acreditam que quanto mais fundo maior deverá ser o peso do jig, querem logo senti-lo batendo no chão. Pois ao usarem peso leve, demora a cair ou é carregado pela força da água mesma que mínima ou até mesmo pelo o atrito do vento exercido na linha. Ou o inverso, acham que por ser uma profundidade pequena o jig leve será melhor, uma vez que o pesado irá cair rápido de mais.
Na verdade, o truque é a velocidade da caída e a forma de apresentação do jig.
Nas minhas pescarias tenho notado que mesmo que seja um local de profundidade grande ou tenha muito vento, o peixe pode preferir um peso bem leve e uma caída lenta da isca. Normalmente nesta situação ele encontra-se extremamente manhoso e letárgico para se alimentar.
Utilizando esta forma de apresentação com jigs leves, necessitará do pescador alguns cuidados.
O primeiro é depois de ter identificado uma estrutura submersa, o pescador não deve arremessar diretamente no local, mas sim ou um pouco antes ou um pouco depois. Isto dependerá pra que lado o jig está sendo carregado em razão do atrito exercido pelo vento ou pela força da água. Normalmente um ângulo à 45° da estrutura é suficiente para que um jig bem leve caia corretamente sob o local almejado.
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Situação 2
Mas também pode ocorrer justamente o oposto. Há dias em que o Bass esta mais ativo mesmo se encontrando no fundo. Muitas vezes neste tipo de situação ele prefere atacar as iscas que caem com maior velocidade ou são trabalhadas de forma mais agressiva, com toques altos e/ou rápidos.
Assim, o jig mais indicado seria os com maior peso, mesmo em se tratando de uma profundidade rasa.
Feita a apresentação correta da isca, partimos para uma outra premissa. A altura em que o Bass esta se alimentando. Consequentemente devemos apresentar o jig na mesma altura.
Para descobrir isto é muito simples, o mais indicado é começar com 1 toque esperar o jig bater no fundo dar uma pausa e repetir o processo. Caso não haja investidas, partimos para os 2 ou 3 toques, isto fará com que o jig suba um pouco mais do solo. Pode ser que esta altura seja a zona de ataque. Note que quanto mais força empregada na vara maior será a subida do jig. Então procure utilizar uma força menor e as vezes uma maior até descobrir a altura correta.
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Situação 3
Outro modo de se trabalhar a isca é empregando pequenos toques consecutivos e secos ao se chegar no fundo. A isca virá literalmente “quicando”. Também podendo ser empregada esta técnica na meia água, sem deixar a isca cair no chão. Esta maneira é mais utilizada quando o peixe esta na meia água boiado.
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Estando o peixe mais próximo da superfície e mais ativo, pode-se utilizar o recolhimento contínuo do jig em velocidades variadas e/ou com pequenas pausas como se fosse uma presa em fuga.
Nesta situação, eu particularmente prefiro utilizar os gurbs, shads articulados, shad como o DOA call, entre ourtos. Em razão de sua cauda ou articulação quer gera uma ótima vibração na água, atraindo assim o Black Bass.

Material Recomendado
Gosto de usar os jigs com varas de 6” a 7” (pés).
A libragem varia entre 12lbs e 17lbs.
Referente as carretilhas, as de perfil baixo nos modelos 50 ou 100, ou molinetes é suficiente para esta modalidade.
Já em se tratando das linhas, utiliza-se de preferência as de flúor carbono entre 6 e 12lbs, quanto menor a libragem maior será a sensibilidade na vara exercida pela batida do peixe na isca.
As iscas utilizadas neste sistema, engloba praticamente todos os modelos de silicone, as minhocas como Cut Tail da Gary Yamamoto, Giggy Stick da Gambler, Shads como os articulados da Action Plastic, Shads Shape da Gary Yamamoto, Grubs, , Tubes, Pad Tails, Criaturas de diversos tipos e muitas outras.
É isso pessoal, procurei fazer um apanhado geral sobre esta técnica que vem se mostrando a cada dia mais produtiva. Espero que gostem.
Abraços
Rodrigo Schneider

Um comentário:

  1. Grande Rodrigo,

    Muito bem produzido seu artigo, de sorte a ajudar os pescadores que resolvam aventurar-se nas lides com este conceito de isca. Valeu, amigão! Parabéns!

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